Sobre o autor

Fala pessoal! Vocês estão bem? Espero que sim. Pra quem não me conhece, meu nome é Luiz Rezende. Apesar de desde criança ouvir falar e ter lido muitas informações sobre "software livre", meu primeiro contato com o mundo opensource ocorreu em 2005. Naquela época, por mera curiosidade me aproximei de um computador que estava solitariamente ligado numa sala de aula repleta de outros computadores sobre suas mesas individuais, num curso de informática localizado na cidade de Petrópolis, região serrana do estado do Rio de Janeiro.

Na ocasião eu fazia ali um curso avançado de informática e administração de redes. Confesso que minha intenção na época era mais com intuito de dar um upgrade no meu curriculum pessoal do que aprender alguma novidade. A bem da verdade, eu já lidava com computadores desde a época do Windows 3.11 e tudo que eu havia aprendido até então havia sido na base da curiosidade e mexilança, através de erros e acertos (provavelmente mais erros do que acertos).

Quando a Microsoft lançou o Windows 95 com seus inesquecíveis 14 disquetes para instalação, foi que eu comecei a fazer meus primeiros trabalhos "artísticos" num computador, embora meu nível não era tão diferente ao que uma criança faria numa parece. Se você quiser pode dar risada, mas eu achava o Paint uma ferramenta incrível. Meu contato com softwares mais avançados como o Corel Draw e o Photoshop só veio a ocorrer um pouco mais tarde.

O Photoshop eu já havia ficado deslumbrado quando o vi sendo manuseado pela primeira vez numa matéria do Programa Plantão da Madrugada, apresentado nas madrugas de sábado para domingo, pelo saudoso Goulart de Andrade (1933-2016) e que era exibido pela Rede Bandeirantes. Numa das edições do programa, Goulart entrevistou um sujeito que mostrava as futuras possibilidades da computação gráfica, manejando o Photoshop (não faço ideia de qual versão). Durante a entrevista, uma paisagem da Praia do Botafogo (Rio de Janeiro) com a famosa montanha do Pão de Açúcar no fundo, tinha todo o seu aspecto de cores e iluminação mudado. Em questão de instantes, a foto exibida durante uma dia ensolarado mudou para um cenário noturno e depois ainda recebeu nuvens tempestivas. Hoje isso é uma tarefa banal, mas na época assistir tal coisa era de cair o queixo. A edição fotográfica era algo reservado a grandes laboratórios. A fotografia era com películas, chamadas de filmes e só ficávamos sabendo se aquele "clique" inesquecível ficou bom, depois da foto ser revelada num laboratório especializado.

Mexer em softwares de edição, para valer, foi através de uma revista, dessas que eram vendidas em bancas de jornal e que vinham junto um CD trazendo determinados softwares. Não raro às vezes vinha também algum vírus de brinde. Numa das revistas que comprei, era oferecida uma versão em inglês do Photoshop para testes (shareware), ainda na sua versão 4.0. Esse meu primeiro contato com o Photoshop foi um tanto traumático. Achei complicadíssimo e não consegui entender quase nada do programa, muito menos fazer alguma coisa que prestasse. Não entendia qual era a lógica dos layers, patterns e aquela tal de Magic Wand Tool. Era tudo muito novo para mim.

O Corel Draw fui conhecer depois que vi um artigo no caderno de informática do jornal O Globo, lançado sempre às segundas-feiras. O artigo era ilustrado com a foto de uma menina exibindo, em seu monitor, um desenho de estilo infantil, caricaturado - um elefante de costas! - dentro da interface do Corel na sua versão 5.0. Observando a foto que aparecia no jornal, fiquei a contemplar uma extensa barra de cores posicionada no rodapé do programa e inúmeras ferramentas que não entendia para o que servia ou como seria o seu uso.

Sempre fui afixionado em rabiscar desenhos no papel desde criança e logo fiquei encantado com as possibilidades que aquele software poderia me proporcionar. Mas ter que aprender na marra os recursos, truques e segredos tanto do Photoshop como o do Corel Draw, numa época que a internet no Brasil estava apenas engatinhando, não foi fácil. Hoje a internet pipoca de tutoriais, dicas, soluções, fóruns e blogs sobre praticamente qualquer software que se possa imaginar, o que torna a tarefa de encontrar respostas para nossas dúvidas algo muito mais fácil, rápido e simples de assimilar. Mas quando eu comecei era um desafio encontrar algum tipo de informação em caso de dúvida! Na maioria das vezes as soluções só eram encontradas nos arquivos de ajuda do próprio software.

Bom, retornando àquela sala de aula do ano de 2005, avistei aquele computador solitário do curso de informática exibindo uma área de trabalho com um um visual diferente de tudo que até então eu estava acostumado a ver. Numa rápida olhada percebi que se tratava do Kurumin 7.0 - a famosa distribuição Linux desenvolvida pela equipe do Guia do Hardware e colaboradores, que se tornou um grande sucesso, sendo durante algum tempo uma das distribuições mais usadas e conhecidas do Brasil.

Sempre ouvi comentários de que o Linux era um sistema extremamente complicado, feioso e com pouco recursos, tipo de sistema voltado para programadores e nerds bitolados. Mas naquele momento, ali naquela sala de aula, todas essas afirmações contra o Linux pareciam não fazer muito sentido. O que eu via era um sistema interessante, com ícones simpáticos e bem intuitivos, totalmente em português, com menus e até balões com mensagens explicativas, tudo disponível no clicar do mouse. Parecia simples de usar. Realmente era.

De 2005 para cá muita coisa rolou e o Linux já evoluiu extraordinariamente. Milhares de programadores em todo o mundo contribuem com inovações e melhorias para que os softwares livres fiquem com recursos cada vez mais avançados e usualmente fáceis de usar.

Infelizmente o projeto do Kurumin acabou sendo descontinuado no início de 2009. Nesse período conheci outras distribuições do Linux, como o Ubuntu, Fedora, Big Linux, Mandriva e OpenSUSE (desde quando ainda era SuSE Linux). Acabei me aproximando mais do Ubuntu e do Mandriva apesar de guardar profundo respeito e admiração pelas demais distros.

O objetivo deste blog é exatamente poder compartilhar o meu acervo pessoal de arquivos e conhecimento de tudo que aprendi e descobri no decorrer desses anos, como apaixonado por artes gráficas e também como usuário de softwares opensource.

Muito mais do que uma boa ação, meu pretexto também é formar um catálogo virtual completo e interativo dos meus próprios arquivos, antes que eles acabem se perdendo, conforme já ocorreu com diversos CDs que eu possuía e sofreram danos físicos, invalidando ou comprometendo muitos gigabytes de material útil. Além do mais, boa parte desses arquivos que possuo também foram gentilmente criados ou cedidos por terceiros e seria muito egoísmo de minha parte se eu desejasse guardar todo esse material só para mim.

Espero que você goste de todo o conteúdo do blog e que possa aproveitar ao máximo todos os arquivos, recursos e as ferramentas de design que estão a disposição de todos que queiram aprender. Muito mais do que ser de graça, o uso do software livre significa trabalhar com segurança e total liberdade, inclusive liberdade de escolhas e TOTAL LIBERDADE PARA CRIAR.

Receba meu abraço e obrigado por acessar este humilde espaço. Fique à vontade para deixar seus comentários nas postagens do blog. Opiniões serão sempre bem vindas e usadas para aprimorar cada vez mais o conteúdo.
 
LUIZ REZENDE